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Aécio Ribeiro Filho 1aq6z

Agora todos têm que ser líderes 2v6ib

| 29.05.25 - 17:54
O atual cenário exigente do mercado de trabalho requer profissionais com um grande repertório de habilidades. Os sistemas que avaliam o desempenho das pessoas procuram habilidades além-técnicas, competências plurais que agregam valor à corporação. O novo tempo não é favorável para quem apresenta capacidade operacional limitada a uma função. É necessária uma capacidade superior de solucionar problemas e se adaptar a novas situações, com uso da inteligência humana em três níveis: técnico, emocional e espiritual.
 
O conceito de Liderança Disposicional é o que melhor se adapta a essas exigências: não é uma questão de cargo ou posição hierárquica, mas de disposição para gerenciar o próprio desempenho. O líder disposicional se desafia para encontrar respostas para os problemas seus e dos que lhe cercam, oferecendo soluções inteligentes e adaptáveis, que favoreçam o crescimento coletivo.
 
Os três níveis de inteligência, quando conjugados, geram excelência. O problema é que muitos desconhecem as faculdades de cada uma destas inteligências, principalmente as que se referem à inteligência espiritual. A inteligência técnica é a que mede o desempenho das pessoas quando desafiadas a lidar com coisas ou com situações que exigem habilidades laborosas. A inteligência emocional, difundida por Daniel Goleman, representou uma revolução importante nos processos avaliativos, ao verificar o quanto uma pessoa consegue lidar com conflitos, relacionamentos, comportamento, atitudes etc. Já a inteligência espiritual, defendida por Danah Zohar, tornou-se uma necessidade premente dos dias atuais.
 
A inteligência espiritual foi pouco difundida por conta dos preconceitos religiosos e a confusão que as pessoas fizeram do termo. Mas espiritualidade não é religiosidade. Algumas organizações aram a contratar profissionais para atuar internamente, desenvolvendo valores e princípios alinhados à cultura organizacional, pois reconheceram que a produtividade aumenta seguramente quando o profissional tem ciência do propósito institucional, compreende o sentido do que está fazendo e sabe que está contribuindo com algo maior. No Brasil, por exemplo, algumas organizações começaram a contratar Gerentes de Felicidade para atuarem internamente, desenvolvendo técnicas e usando metodologias que promovem a conjugação das inteligências, inclusive a espiritual.
 
Os colaboradores que atuam com as inteligências conjugadas nunca se limitam a ser meros operadores. Eles são proativos, atenciosos, confiáveis, persistentes, comprometidos, felizes, inspiradores e engajados. Lidam bem com pressão e são resilientes. Acima de tudo, são criativos e capazes de oferecer sugestões excelentes para o bem de todos.
 
Alcançar essa maturidade não é uma questão de talento, mas sim, de esforço. Primeiro, a pessoa precisa gerenciar seu conhecimento. O que ela sabe pode ser aperfeiçoado, mas isso depende do quanto está disposta a buscar informações e transformá-las em atitudes.
 
Além do conhecimento, dois outros elementos são necessários para a conjugação das inteligências: o entendimento e a sabedoria. Entendimento é a capacidade de julgar as consequências dos atos, de tal modo que o profissional a a avaliar com mais responsabilidade suas ações, não corrompe os processos, é diligente e comprometido com o compliance da organização. Sabedoria é o elemento que imprime a espiritualidade. Neste sentido, o profissional está mais preocupado com o propósito, com a sustentabilidade, com o senso de integralidade e com os impactos sociais.
 
Os tempos desafiadores – o presente e o futuro – precisam de pessoas completas, integrais, que interpretam os desafios diante de si e se antecipam para os possíveis problemas que poderão emergir. Esta qualificação tem que ser conduzida pela própria pessoa e não por sistemas externos. A tecnologia, o o à informação e o conhecimento estão disponíveis; todos podem melhorar seu desempenho, desde que sejam disposicionais e enérgicas.
 
*Aécio Ribeiro Filho é especialista em liderança, professor, mentor de líderes e autor do livro “Liderança Disposicional” 
 

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